Sex and the City, o filme



"Lavei a alma", disse Mari Peixoto ao sair do cinema comigo e minha irmã. O sentimento era comum e, durante a exibição, nós éramos (sem dúvida) as espectadoras mais empolgadas da sessão no cinemark. Rimos, choramos, comentamos o figurino (quebrando nossa regra número dois de não falar no cinema) e torcemos para o final pelo qual esperamos durante os quatro anos desde que nossa série favorita deixou de ser exibida na TV.

Todas as segundas, impreterivelmente, assistíamos a Sex and the City juntas, mesmo em aparelhos de televisão (ou lugares) distintos. Ao final de cada episódio, ligávamos umas para as outras para comentar as aventuras de Carrie, Samantha, Miranda e Charlotte. Muitos foram os cafés, sorvetes e até cosmopolitans que embalaram nossas considerações sobre Sex and the City, que seguem até hoje.

Para se assistir a Sex and the City, o filme é preciso se envolver com o universo das garotas, agora na fase dos enta. Não é filme para se analisar roteiro, erro de continuidade, fotografia ou qualquer aspecto técnico. Não é filme para jornalistas e/ou aprendizes de críticos de cinema cheios de si em suas rasas observações e clichês, nerds ou todos que falam ou falaram mal das quatro. Sex and the City foi feito para mim, para Mari e para a Uiara. Foi feito para o Luiz e o João, mesmo que eles não tenham gostado do filme. Pois só quem sempre teve fascínio por aquele estilo de vida quase irreal que o quarteto levava em Manhattan pode entender e amar o filme.

Sex and the City é um filme de amor à amizade. Para nós pobres mortais, que não temos Manolo Blahnik no closet (ou mesmo um closet), trabalhamos enlouquecidamente, sem tempo para curtir um demorado café com as melhores amigas, uma eterna festa regada a coquetéis incríveis (sem a preocupação com o dia seguinte) ou a promessa de um amor arrebatador é um momento idílico, que irá se repetir toda vez que revermos o longa no cinema (pois vamos ver de novo) e no DVD que vamos comprar tão logo seja lançado.

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