My Blueberry Nights



Eu tenho um certo desprezo quando títulos de filmes em português minimizam a importância do original, mas isso já foi dito à exaustão, pois finalmente fui ver My Blueberry Nights, com Norah Jones, que é das minhas cantoras prediletas. Como sempre, Wong Kar-Wai cria uma história de amor envolvente, num cenário sem igual. Eu que nunca achei o Jude Law tão sexy (como metade do mulherio mundial), daria tudo por um beijo daqueles. Fico arrepiada de ouvir The Greatest, da Cat Power, fico engasgada com a sensação de solidão das personagens porque todos nós somos e seremos exatamente daquela maneira: os reis das fichas brancas. Chorei e quis provar uma torta de mirtilo (que Norah, na vida real, odeia) para sentir um pouco de alívio. Ainda por cima cometi o erro de assistir a algo tão tocante e querido ao lado de quem se incomoda com o tempo do longa-metragem, que não aprecia a fotografia ou mesmo a Rachel Weisz linda num vestido preto de renda. Uma pena. Contudo, descobri que afinidades a dois, depois do casamento, andam sempre em gangorras.



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