A era da crueldade
Outro dia li um livro que mencionava a importância de se enxergar a beleza nas coisas simples. Ontem mesmo vi o sol se pôr na copa de uma árvore e as cores alaranjadas eram realmente de impressionar. Mas ainda não instrumentalizei meu olhar para formigas carregando folhas, por exemplo. E se perigar, pisei numa delas, enquanto contemplava o cair do dia.
Isso acontece porque cada vez mais me convenço de que vivemos na era da crueldade. São muitos os que querem se dar bem, mesmo que isso custe a vida de outra pessoa. Dinheiro e poder podem ser ótimos, mas não são o bastante.
Só na fatídica segunda tive algumas amostras. Acordei cedo, fui para o trabalho deixar o material da viagem-lerê. Lá me informaram sobre a demissão de uma das pessoas mais legais e com muito tempo de casa (eu não trabalhei diretamente com ela, porém por e-mails solidários, percebi o quanto era querida por colegas e ex-colegas). O motivo foi o de sempre: perseguição. Dessa vez, algumas pessoas decidiram ir de luto. Eu aderi. Vários não o fizeram, pois junto com a maldade vem o medo e a covardia. Quando cheguei a academia qual a minha surpresa? Fechada. O sujeito que administrava deu cano nos professores e alunos. Sim, a maioria dos matriculados, como eu, fazia planos semestrais para ficar mais em conta. Se ele fugir com a grana de todos sem deixar vestígio, não parecerá estranho. À noite eu e o Alê fomos ao Mac Donalds e no estacionamento ficamos indignados ao ver um carro matando duas vagas, de portadores de deficiência! O playboy, desses que usam óculos esportivos como tiara, saiu calmamente com sua namorada loira do "possante" e nenhum deles parecia ser cego, surdo-mudo ou algo do gênero.
O mais grave da era da crueldade é que ela nos dá agressividade, intolerância ou nos deixa impassíveis e displicentes. "Se eu tivesse a mão uma barra de ferro, destruíria o carro desse imbecil" comentei com o Alê. Claro que eu não cometeria o desatino, mas fica aquele gosto amargo na boca e uma certa incapacidade de seguir o conselho do livro que li.
Outro dia li um livro que mencionava a importância de se enxergar a beleza nas coisas simples. Ontem mesmo vi o sol se pôr na copa de uma árvore e as cores alaranjadas eram realmente de impressionar. Mas ainda não instrumentalizei meu olhar para formigas carregando folhas, por exemplo. E se perigar, pisei numa delas, enquanto contemplava o cair do dia.
Isso acontece porque cada vez mais me convenço de que vivemos na era da crueldade. São muitos os que querem se dar bem, mesmo que isso custe a vida de outra pessoa. Dinheiro e poder podem ser ótimos, mas não são o bastante.
Só na fatídica segunda tive algumas amostras. Acordei cedo, fui para o trabalho deixar o material da viagem-lerê. Lá me informaram sobre a demissão de uma das pessoas mais legais e com muito tempo de casa (eu não trabalhei diretamente com ela, porém por e-mails solidários, percebi o quanto era querida por colegas e ex-colegas). O motivo foi o de sempre: perseguição. Dessa vez, algumas pessoas decidiram ir de luto. Eu aderi. Vários não o fizeram, pois junto com a maldade vem o medo e a covardia. Quando cheguei a academia qual a minha surpresa? Fechada. O sujeito que administrava deu cano nos professores e alunos. Sim, a maioria dos matriculados, como eu, fazia planos semestrais para ficar mais em conta. Se ele fugir com a grana de todos sem deixar vestígio, não parecerá estranho. À noite eu e o Alê fomos ao Mac Donalds e no estacionamento ficamos indignados ao ver um carro matando duas vagas, de portadores de deficiência! O playboy, desses que usam óculos esportivos como tiara, saiu calmamente com sua namorada loira do "possante" e nenhum deles parecia ser cego, surdo-mudo ou algo do gênero.
O mais grave da era da crueldade é que ela nos dá agressividade, intolerância ou nos deixa impassíveis e displicentes. "Se eu tivesse a mão uma barra de ferro, destruíria o carro desse imbecil" comentei com o Alê. Claro que eu não cometeria o desatino, mas fica aquele gosto amargo na boca e uma certa incapacidade de seguir o conselho do livro que li.
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