Que emocionante é uma partida de futebol

No momento final eles choraram.
Eu fiquei engasgada.
Sou dessas que faz coro por jogadores que honrem suas camisas como outrora.
Hoje mordi a língua.
E quando o Roger pediu desculpas para torcida, quis abraçá-lo.
Nem lembrava mais do gosto amargo da decepção das partidas anteriores.
E vieram goleada, euforia, provocações aos vizinhos.
Vem sempre a lembrança do meu pai, com o seu radinho de pilha no campo, do vovô com seu radinho de pilha no quarto.
Aqui em casa a gente sempre xinga o comentarista televisivo atleticano. Xingar tevê é outro clássico.
Eu liguei para o meu amigo Thiago porque ele entende.
Ele entendeu quando eu disse sexta-feira: não vamos cair.
E sim, sou arrogante. E sim, sou apaixonada.
Passei parte da minha infância brincando na sede antiga do Cruzeiro no Barro Preto. Por incontáveis vezes, entrei de mãos dadas com os craques nos gramados naqueles tempos.
Tudo para mim sempre foi azul.
Eu vi meu time levantar taça em Libertadores, Supercopa e Brasileirão. Eu vi ídolos de cabeça ensanguentada lutando com dignidade celeste.
Um motivo? Eu canto porque o Cruzeiro existe. Nem sempre alegre ou triste. Eu não sou - e bem que queria ser - poeta. (E agora pareceu adequado fazer esse pequeno furto de Cecília).
Que nossas páginas sigam heroicas e imortais, que sejamos doces, azuis, estrelados.
E de alma lavada.

Dedico esse post, com foto da Uiara, para meus amigos Thiago, Leozinho e Cucuca


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