Ainda o amor
Não sou boa em guardar diálogos de filmes. Preciso rever para anotar. Alguns deles, nem sei se assistirei novamente. Mas Cindy disse algo como "não quero mais ter essa raiva e não quero mais que você beba tanto", assim que resolveu encerrar o casamento com Dean. O triste é que o fim é um pouco por aí mesmo. Se não é raiva, pode colocar tristeza no lugar. Se não é bebida, talvez tarja preta.
Outra cena de "Blue Valentine" (não gosto da tradução "Namorados para Sempre") que toca lá no fundo é quando os dois estão no banheiro daquele quarto ridículo de motel. Não há da parte dela nenhum desejo a não ser ir embora. E por que não foi ainda? Porque é duro aceitar que acabou. É difícil não se apegar à memória de quando tudo era apaixonante, engraçado e leve. Eu admiro quem consegue ser "funny valentine" estando casado, pois não há nada mais raro do que isso nesse mundo.
Estranhamente, um dia antes, eu havia visto "José e Pilar". Documentário que revela uma história de amor tão delicada que parece ficção. Há cenas muito emocionantes, como a de Saramago no hospital. Ele está preocupado com a solidão da mulher depois da partida dele, mas imediatamente diz que suas cinzas estarão no jardim, perto dela. Talvez seja mais complicado se encantar pela "personagem" Pilar. Seu pragmatismo, as cartas dos leitores que rasga, as ideias para a vida...No entanto, é impossível não se comover quando ela, por trás da agenda exaustiva que monta para o marido, quer somente que ele esteja em movimento, que ele fique mais. E não existe disfarce na cerimônia de casamento. Toda mulher, até a mais feia, fica linda nesse dia. Aquele brilho nos olhos é muito singular. Eu sei e reconheço. Nem preciso das minhas fotos antigas para lembrar.
Os filmes foram devidamente entregues na locadora. Só que eu fiquei pensando sobre o amor. Lembro-me vagamente de como ele age/reage. De vez em quando quero vivê-lo e penso que ele vai me encontrar (eu decidi que procurá-lo é das tarefas mais inúteis que existem), mesmo em meio a tantos desencontros. O fato é que já tive meus tempos de "Blue Valentine" e o depois desses tempos também. Portanto, nos pensamentos eventuais que me tomam de assalto, sonho com um José, que me faça dedicatórias e me dê as mãos. Parece-me tão simples quanto inatingível.
Outra cena de "Blue Valentine" (não gosto da tradução "Namorados para Sempre") que toca lá no fundo é quando os dois estão no banheiro daquele quarto ridículo de motel. Não há da parte dela nenhum desejo a não ser ir embora. E por que não foi ainda? Porque é duro aceitar que acabou. É difícil não se apegar à memória de quando tudo era apaixonante, engraçado e leve. Eu admiro quem consegue ser "funny valentine" estando casado, pois não há nada mais raro do que isso nesse mundo.
Estranhamente, um dia antes, eu havia visto "José e Pilar". Documentário que revela uma história de amor tão delicada que parece ficção. Há cenas muito emocionantes, como a de Saramago no hospital. Ele está preocupado com a solidão da mulher depois da partida dele, mas imediatamente diz que suas cinzas estarão no jardim, perto dela. Talvez seja mais complicado se encantar pela "personagem" Pilar. Seu pragmatismo, as cartas dos leitores que rasga, as ideias para a vida...No entanto, é impossível não se comover quando ela, por trás da agenda exaustiva que monta para o marido, quer somente que ele esteja em movimento, que ele fique mais. E não existe disfarce na cerimônia de casamento. Toda mulher, até a mais feia, fica linda nesse dia. Aquele brilho nos olhos é muito singular. Eu sei e reconheço. Nem preciso das minhas fotos antigas para lembrar.
Os filmes foram devidamente entregues na locadora. Só que eu fiquei pensando sobre o amor. Lembro-me vagamente de como ele age/reage. De vez em quando quero vivê-lo e penso que ele vai me encontrar (eu decidi que procurá-lo é das tarefas mais inúteis que existem), mesmo em meio a tantos desencontros. O fato é que já tive meus tempos de "Blue Valentine" e o depois desses tempos também. Portanto, nos pensamentos eventuais que me tomam de assalto, sonho com um José, que me faça dedicatórias e me dê as mãos. Parece-me tão simples quanto inatingível.
... que lindo seu texto, Lud! Amei,amei.
ResponderExcluirme inspirou a rever os dois filmes, delícias!
Oi Val, que delícia seu carinho! Obrigada pela leitura! Beijos
ResponderExcluirEstou encantada com sua escrita, tão bom de ler...........
ResponderExcluirJá vi vc na tv, mas agora escreve em algum jornal?
Tem que escrever um livro, eu comprarei.
Achei seu blog lá na Georgina.
Por falar nisto, ela é muito gracinha.
Jucimara.
Jucimara, obrigada pela gentileza da leitura e da visita. Estou n' O Tempo Online. De vez em quando escrevo, mas a maior frequencia das letras é aqui no blog. Abraços
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