Why do you come here?
And why, why do you hang around?
I'm so sorry.
I'm so sorry.
Why do you come here
When you know it makes things hard for me? - The Smiths
Antes que o provável leitor do blog questione os refrões da música que mais escuto hoje, um aviso: não há nada suficientemente maravilhoso me inspirando a escrever. Todas aquelas palavras mágicas parecem estar aprisionadas até que as circunstâncias melhorem e os prazos não me atormentem. Profissionalmente, estou constatando que sou uma espécie em extinção. Explico: vou passar boa parte daquela que consideram "juventude" no jornalismo (até uns 35 anos) ganhando pouco e ralando muito. Quando eu obtiver a tal experiência, malícia, competência ou o que quer que seja posso ser recompensada com um ganho material substancial, o qual terá uma ínfima duração, já que devo ser considerada um encosto, um gasto excessivo se der a sorte de estar trabalhando em alguma empresa. As demissões que venho presenciando de conhecidos e amigos com mais bagagem são lamentáveis por várias razões. A maior delas é a substituição por moleques que tem muito pique e um conteúdo "extenso" pinçado no google. Quero deixar de ser jornalista antes de ser a última a "apagar a luz e fechar a porta". Preciso urgentemente encontrar minhas habilidades ocultas.
Ontem também fez um ano da morte do meu pai, o avô do Alê faleceu e eu fiquei sabendo com atraso, uma vez que a mensagem via celular simplesmente não apareceu. Não fui ao show do James Cullum, não fui ao lançamento do livro da Juju, nem à Noite da Troquinha. Cheguei tarde e faminta em casa, de saco cheio da dieta e morrendo de frio. Hoje, provavelmente, não vou ao Gang of Four e Cardigans. Também não pedi cortesias para o teatro. Acho que não conseguirei pegar nenhuma sessão de cinema e, por causa da minha cota absurda de estresse, esqueci o celular em casa. Situação comum para quem todo dia deixa algo para trás. Eu queria deixar muita coisa para trás, na verdade. Coisas que não fossem carteira, escova de dente e chaves, como costumo fazer. Lendo o novo do Jabor cheguei à conclusão de que sua teoria que defende a máxima "toda crise é boa", é apenas teoria.
And why, why do you hang around?
I'm so sorry.
I'm so sorry.
Why do you come here
When you know it makes things hard for me? - The Smiths
Antes que o provável leitor do blog questione os refrões da música que mais escuto hoje, um aviso: não há nada suficientemente maravilhoso me inspirando a escrever. Todas aquelas palavras mágicas parecem estar aprisionadas até que as circunstâncias melhorem e os prazos não me atormentem. Profissionalmente, estou constatando que sou uma espécie em extinção. Explico: vou passar boa parte daquela que consideram "juventude" no jornalismo (até uns 35 anos) ganhando pouco e ralando muito. Quando eu obtiver a tal experiência, malícia, competência ou o que quer que seja posso ser recompensada com um ganho material substancial, o qual terá uma ínfima duração, já que devo ser considerada um encosto, um gasto excessivo se der a sorte de estar trabalhando em alguma empresa. As demissões que venho presenciando de conhecidos e amigos com mais bagagem são lamentáveis por várias razões. A maior delas é a substituição por moleques que tem muito pique e um conteúdo "extenso" pinçado no google. Quero deixar de ser jornalista antes de ser a última a "apagar a luz e fechar a porta". Preciso urgentemente encontrar minhas habilidades ocultas.
Ontem também fez um ano da morte do meu pai, o avô do Alê faleceu e eu fiquei sabendo com atraso, uma vez que a mensagem via celular simplesmente não apareceu. Não fui ao show do James Cullum, não fui ao lançamento do livro da Juju, nem à Noite da Troquinha. Cheguei tarde e faminta em casa, de saco cheio da dieta e morrendo de frio. Hoje, provavelmente, não vou ao Gang of Four e Cardigans. Também não pedi cortesias para o teatro. Acho que não conseguirei pegar nenhuma sessão de cinema e, por causa da minha cota absurda de estresse, esqueci o celular em casa. Situação comum para quem todo dia deixa algo para trás. Eu queria deixar muita coisa para trás, na verdade. Coisas que não fossem carteira, escova de dente e chaves, como costumo fazer. Lendo o novo do Jabor cheguei à conclusão de que sua teoria que defende a máxima "toda crise é boa", é apenas teoria.
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