Sobre aprendizagens e prazeres
"Nós ainda somos moços, podemos perder algum tempo sem perder a vida inteira".
Bom mesmo eram férias de três meses, cheguei a pensar dias atrás. Tempos de colégio. Dezembro, janeiro e julho para fazer viagens incríveis. Nunca as fiz. Passava maior parte do tempo mesmo na casa da minha avó ou assistindo a desenhos. E quando voltava tinha a tal redação "minhas férias" para fazer. Diante daquela imposição, eu alternava a crônica com a ficção.
Nunca exercitei férias muito bem. Sou craque em pequenas viagens, escapdinhas de final de semana e de feriado. Com 30 dias livres é mais difícil. Encerrado o período escolar, eles aconteceram como estranhos fenômenos: em 2000, em 2007 e agora. Essa terceira vez foi totalmente sem viagem programada por alguns motivos: não há um co-piloto e, principalmente, existe uma urgência de se resolver aquela velha questão do lar que se arrasta por quase dois anos. Por isso, mais importante que descansar é ter a tranquilidade.
Conta-gotas. Vou fazendo tudo assim. Tiro a manhã para resolver burocracias e as tardes para o cinema, o sorvete, o observar (afinal, também é bastante simbólico escolher o "inferno astral" para as férias). No banco da Praça da Liberdade, fico com meus pensamentos. São aprendizagens que nada têm de doce. Daí os prazeres subsequentes que só essa pausa pode me proporcionar.
Quem sabe eu vá para a praia assim que, enfim, a chave estiver na minha mão? Restam-me 20 dias para serem utilizados da melhor maneira. Estou satisfeita com minhas férias. Não são as dos sonhos ainda, espero que sejam em 2013. "Mas olhe para todos ao seu redor e veja o que temos feito de nós e a isso considerado vitória nossa de cada dia". Eu a considero, a espero e a busco. Nos dias de paz e nos dias de luta.
Alterno a cama arrumada com a taça de vinho no almoço em plena quarta-feira. Fico curiosa para saber como andam as coisas na redação, porém nem ando lendo o jornal. Sei que devia estar menos online, sei que devia refletir sobre tantos outros assuntos, no entanto as aprendizagens são processos, não tiram férias.
PS: As aspas são de Clarice Lispector
Bom mesmo eram férias de três meses, cheguei a pensar dias atrás. Tempos de colégio. Dezembro, janeiro e julho para fazer viagens incríveis. Nunca as fiz. Passava maior parte do tempo mesmo na casa da minha avó ou assistindo a desenhos. E quando voltava tinha a tal redação "minhas férias" para fazer. Diante daquela imposição, eu alternava a crônica com a ficção.
Nunca exercitei férias muito bem. Sou craque em pequenas viagens, escapdinhas de final de semana e de feriado. Com 30 dias livres é mais difícil. Encerrado o período escolar, eles aconteceram como estranhos fenômenos: em 2000, em 2007 e agora. Essa terceira vez foi totalmente sem viagem programada por alguns motivos: não há um co-piloto e, principalmente, existe uma urgência de se resolver aquela velha questão do lar que se arrasta por quase dois anos. Por isso, mais importante que descansar é ter a tranquilidade.
Conta-gotas. Vou fazendo tudo assim. Tiro a manhã para resolver burocracias e as tardes para o cinema, o sorvete, o observar (afinal, também é bastante simbólico escolher o "inferno astral" para as férias). No banco da Praça da Liberdade, fico com meus pensamentos. São aprendizagens que nada têm de doce. Daí os prazeres subsequentes que só essa pausa pode me proporcionar.
Quem sabe eu vá para a praia assim que, enfim, a chave estiver na minha mão? Restam-me 20 dias para serem utilizados da melhor maneira. Estou satisfeita com minhas férias. Não são as dos sonhos ainda, espero que sejam em 2013. "Mas olhe para todos ao seu redor e veja o que temos feito de nós e a isso considerado vitória nossa de cada dia". Eu a considero, a espero e a busco. Nos dias de paz e nos dias de luta.
Alterno a cama arrumada com a taça de vinho no almoço em plena quarta-feira. Fico curiosa para saber como andam as coisas na redação, porém nem ando lendo o jornal. Sei que devia estar menos online, sei que devia refletir sobre tantos outros assuntos, no entanto as aprendizagens são processos, não tiram férias.
PS: As aspas são de Clarice Lispector
li o livro da clarice nas férias. e eu, ao contrário de ti, viajei. fui à praia. e fui sozinho.
ResponderExcluire o livro, entre umas escritas e outras, me ajudou a compreender aquilo que considerei como a mais importante descoberta da viagem.
o melhor não foi a praia, ou os (novos) amigos, ou o descansar, ou o nada fazer. o melhor disso tudo foi tirar férias de mim sem sair de mim. o mais gostoso é isso: tirar férias em mim.
que seja assim para você. sempre.
Obrigada amigo. Assim espero que seja também! Beijos
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