Club Silencio
Eu estava ali, atrás da linha amarela, procurando o sol em frestas. Ventava muito, o trem demorava e meus pensamentos não. Comecei a chorar. Foi poucos dias atrás. Escondida pelas lentes dos óculos escuros, nem procurei disfarçar.
Porque eu choro semanalmente. Eu choro quando estou de TPM, eu choro vendo um casal de velhinhos de mãos dadas na praça, eu choro na volta de uma viagem a São Paulo, eu choro ouvindo música - e tenho até playlists específicas para tal -, assistindo a certos filmes e lendo o que me emociona.
Eu choro descascando a cebola e choro porque meu esmalte lascou. Porém nunca choro por esses motivos. São as lembranças fervilhando, as ausência assombrando, as limitações sufocando, as belezas sorrindo para mim. Eu choro para conseguir lidar. Eu choro por não conseguir lidar.
Eu enxugo minhas lágrimas tão rapidamente que, às vezes, acho que não choro há meses. Foi um cisco, foi um risco, foi o trem que eu perdi por segundos. E eu ali, atrás da linha amarela, procurando o sol em frestas.
Porque eu choro semanalmente. Eu choro quando estou de TPM, eu choro vendo um casal de velhinhos de mãos dadas na praça, eu choro na volta de uma viagem a São Paulo, eu choro ouvindo música - e tenho até playlists específicas para tal -, assistindo a certos filmes e lendo o que me emociona.
Eu choro descascando a cebola e choro porque meu esmalte lascou. Porém nunca choro por esses motivos. São as lembranças fervilhando, as ausência assombrando, as limitações sufocando, as belezas sorrindo para mim. Eu choro para conseguir lidar. Eu choro por não conseguir lidar.
Eu enxugo minhas lágrimas tão rapidamente que, às vezes, acho que não choro há meses. Foi um cisco, foi um risco, foi o trem que eu perdi por segundos. E eu ali, atrás da linha amarela, procurando o sol em frestas.
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