"Por onde andei (enquanto você me procurava)"

Sempre que surge a mínima chance de férias, um trabalho grande aparece. "Que bom", podem dizer alguns, mas o fato é que com a prostituição da feira (em Pequenópolis não há mercado), trabalho grande nem sempre é o que traz a melhor remuneração. Mas precisamos dele, certo? Vou usar a máxima classe média conformista cristã para não pagar de reclamona. Amém.

Sumi do blog, da manicure, da academia e acho que ganhei uns dois quilinhos nesse corre-corre (mesmo sem tempo de comer, quando como, não faço necessariamente uma refeição saudável. E acabo compensando o estresse com um doce ou uma pizza - super calóricos). Pelo menos estou no fim de um bom livro e tenho conseguido ir uma vez por semana ao cinema (quem já teve uma média de quatro sessões em sete dias pode imaginar como deve ser o hiato). Não encontro minhas melhores amigas há semanas. Outras queridas, há meses. Não verei a Madonna no Brasil.

Eu andei em tantas reuniões, fazendo tantos planejamentos - não confundir com planos, que têm um tom mais pessoal -, entrevistando candidatos a vaga na empresa, artistas que os clientes nos contrataram para divulgar, prospectando e aprendendo novos verbos corporativos. Eu andei fazendo frila para revista, pelo pé de meia em si e sobretudo pela chance de abstrair do universo de assessoria, que toma porrada para todos os lados.

É isso. Nando Reis tem razão, "a vida é mesmo coisa muito frágil, uma bobagem, uma irrelevância".

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