Do Contra - parte dois

Glauberianices - Antes de mais nada, acho que o Glauber Rocha foi um grande artista. E como todo grande artista, ele deixa um séquito de admiradores sem senso de humor (e, pior, agressivos. Experimente não apontá-lo como o melhor). Na minha pós em cinema, uma professora disse que não suportava as "viúvas de Glauber", pessoas que acham que o cinema nacional morreu com ele, que nada de inventivo se fez depois dele. Nem preciso dizer que ela não foi aplaudida de pé. Mas arrancou um sorrisinho meu.

JoliePitt - Tenho uma preguiça monstra de celebridade, do culto à celebridade, de sub-celebridade... Sempre me lembro do manual de etiqueta da Glorinha Kalil, que tem um capítulo especial para as referidas criaturas dizendo que é feio furar fila só porque alguém disse que você é uma pessoa "importante". Mas o casal não faz isso. Não! Eles são simpáticos, adotam criancinhas de países pobres, doam fortunas para cidades devastadas. E por que não ser a favor? Porque são chaaatos de doer e chamam imprensa/paparazzis para mostrar como são altruídas. Forçado.

Legião Urbana - No auge da febre (80's), eu preferia os Titãs e depois da morte do Renato Russo, quando houve uma comoção absurda, já ouvia outras bandas. Nunca foi minha favorita, ainda que admire bastante as letras do cara. Tenho o vinil de "4 Estações", sei cantar "Faroeste Caboclo". Contudo jamais soltaria um "Toca Legião" se não fosse de zoeira.

Lost - Acho que 10 entre 10 amigos meus assistem ao seriado, comentam na mesa de bar e desenvolvem teorias malucas. Já tem gente sofrendo porque Lost vai acabar. E quer saber? Para mim, já vai tarde. Tentei ver, mas não me pegou.

Nelson - Gonçalves? Piquet? Acho o fim a intimidade que as pessoas tem com "o maior dramaturgo do País". Não que não goste de Nelson Rodrigues. Assisti (e até li) a um punhado de peças dele. De umas gosto mais e de outras menos. E fico me achando um pouco pedante por pensar que dramaturgo por dramaturgo, sou mais o Shakespeare.

Novela - Eu já gostei, admito. Há anos não vejo nenhuma sequer. Quando é do Gilberto Braga - Vale Tudo Forever - ainda tento. Fico me sentindo uma velhinha rabujenta, mas "no meu tempo" elas eram melhores. Entonces, em meio a noveleiros inverterados fico a ver navio e quase caio em ciladas (como quando fui ao Bom Retiro e, por pouco, não comprei a rasteira "igual da Helena". O vendedor, coitado, que achou que estava fazendo o negócio da China, perdeu a venda).

Continua...

Comentários

  1. Acho que ultimamente as únicas coisas que me fazem bem, e ler os seus escritos.
    bjo grande

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  2. Também sou do contra, aliás, à favor dos seus "do contra"!. Mas devo dizer que gosto da Legião esou fã dos Nélson (Piquet e Rodrigues). Também nunca acompanhei BBB. Nem Lost. Não posso nem falar mal...

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  3. O mais provável é que eu não entenda nada de arte e seja muito apedrejado por dizer isso, mas eu sempre achei Deus e o diabo na Terra do sol um dos piores filmes que eu já vi na vida. Talvez se a gente pegar alguns frames do filme e passar um slideshow com uma musiquinha no fundo eu aguente assistir. Com relação as novelas concordo totalmente! Poucas coisas são piores do que essa novela Viver a vida. Vale tudo é que era bom. Eu era fã da Maria de Fátima, isso sim era uma vilã de verdade.

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  4. John John vamos combinar que os viciados em Lost fazem com que a gente nem tenha vontade de ver...

    Você disse tudo Fernando: Maria de Fátima é ícone! Adoro!

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