"Um Pensamento"
Antes de começar, a letra do Walter Franco assaltou minhas idéias: "lembrar de esquecer, esquecer de lembrar". O dia de ontem se enquadra na categoria do verso. Banal dizer que o sol e a tempestade foram metáforas. Penso na gentileza, na delicadeza do presente recebido no final de expediente. Tão emocionantes como o cartão que chegou pelo correio de alguém com quem se conviveu no dia a dia de trabalho e deixou uma coisa boa por prazo indeterminado. Ainda teve o contentamento de quem preparou delícias que tinham como finalidade agradecer, desejar coisas boas para os outros.
Enquanto tomava um banho (que devia ser de sal grosso), tentei entender o desconforto e a mágoa. Foi quando me ocorreu que uma das pessoas mais incríveis e generosas que conheço, até ela, cultivou por alguém (outrora querido) uma mágoa que culminou num rompimento irremediável. Neste caso havia uma relação de extrema cumplicidade e, por um extremo e imperdoável desrespeito, tudo mudou. Reflito sobre isso porque venho refletindo sobre uma série de relações "fraternais", digamos.
No ano passado rompi com uma amiga de quem muito gostava, ou gosto, não sei. Foi um tremendo mal entendido, mas não teve volta. Recentemente venho avaliando com mais rigor o que eu julgava como laço de amizade. Talvez alguns estejam frouxos e não sejam passíveis de reatar. Entretanto não quero, não vou e nem preciso chegar ao ponto da indiferença. Se o amor entre duas pessoas se transforma, por que a amizade não se transformaria? Ela pode ser superior, como cantou Caetano, porém é de uma inocência sem fim imaginá-la eterna.
Dei uma volta para chegar no ponto: eu não quero ter um milhão de amigos, como o Roberto. Esse desejo parte de uma extrema insegurança. Eu prefiro ter um milhão de pessoas - que mesmo que eu mal conheça ou que nem freqüentem minha casa - que me respeitem. No fatídico dia que virou passado conclui que certos exercícios não levam anos, mas vidas desde que não sejamos céticos o suficiente para pensar nas possibilidades. "Somos acidentes prestes a acontecer", li no perfil de orkut de uma amiga. Nos embates, prefiro imaginar que há a tal lógica dos três lados. Ainda assim, não é divertido, agradável ou bom ficar extremamente chateado com alguém com quem você se importa minimamente. Eu fiquei. Porém um sentimento triste me invade e, ao mesmo tempo, me conforma: nada disso dura muito ou te perturba depois que você já teve uma cisão com um amigo de verdade.
Enquanto tomava um banho (que devia ser de sal grosso), tentei entender o desconforto e a mágoa. Foi quando me ocorreu que uma das pessoas mais incríveis e generosas que conheço, até ela, cultivou por alguém (outrora querido) uma mágoa que culminou num rompimento irremediável. Neste caso havia uma relação de extrema cumplicidade e, por um extremo e imperdoável desrespeito, tudo mudou. Reflito sobre isso porque venho refletindo sobre uma série de relações "fraternais", digamos.
No ano passado rompi com uma amiga de quem muito gostava, ou gosto, não sei. Foi um tremendo mal entendido, mas não teve volta. Recentemente venho avaliando com mais rigor o que eu julgava como laço de amizade. Talvez alguns estejam frouxos e não sejam passíveis de reatar. Entretanto não quero, não vou e nem preciso chegar ao ponto da indiferença. Se o amor entre duas pessoas se transforma, por que a amizade não se transformaria? Ela pode ser superior, como cantou Caetano, porém é de uma inocência sem fim imaginá-la eterna.
Dei uma volta para chegar no ponto: eu não quero ter um milhão de amigos, como o Roberto. Esse desejo parte de uma extrema insegurança. Eu prefiro ter um milhão de pessoas - que mesmo que eu mal conheça ou que nem freqüentem minha casa - que me respeitem. No fatídico dia que virou passado conclui que certos exercícios não levam anos, mas vidas desde que não sejamos céticos o suficiente para pensar nas possibilidades. "Somos acidentes prestes a acontecer", li no perfil de orkut de uma amiga. Nos embates, prefiro imaginar que há a tal lógica dos três lados. Ainda assim, não é divertido, agradável ou bom ficar extremamente chateado com alguém com quem você se importa minimamente. Eu fiquei. Porém um sentimento triste me invade e, ao mesmo tempo, me conforma: nada disso dura muito ou te perturba depois que você já teve uma cisão com um amigo de verdade.
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