Mordendo a própria língua

Sabe aquela pesssoa que você achou que fosse metida, estranha ou grosseira e não é nada disso? Sabe aquela sua crítica a quem vai à praia nas férias, que cai por terra quando você sonha com veraneio à beira mar? Sabe aquele show do qual você não faz a menor questão de ir e, no fim, pode ter achado divertido? Eu vivo mordendo a língua. Tudo graças à urgência de se ter uma opinião formada nos primeiros contatos com alguém, às convicções que parecem a da criança que não come camarão porque o cheiro dele cru é insuportável e aos ouvidos seletivos que traem a legião de pessoas que se acham com o melhor gosto do mundo.

Por isso, eu tenho vários amigos do coração de quem não ia com a cara num primeiro momento, não vejo a hora de pisar na areia fofa do sul da Bahia e vou ao Jamiroquai com Fernanda, Mariana e Gordo. A vida é curta e amanhã estou de plantão.

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