Pequeno tratado de grandes emoções
Das listas da minha vida, apenas a do supermercado tem uma grande margem de erros. Costumo esquecer de enumerar o detergente que já acabou ou a manteiga que sempre acho essencial. Coloco mais um pacote de café no carrinho por via das dúvidas e percebo, ao chegar em casa, que há dois.
Gosto de listas para no caso de um dia, se eu desmemoriar, alguém possa fazer a fineza de imprimir esses itens. Quem sabe eu me sinta como naquele dia em que chorei quando:
- Assisti ao show do Paulinho da Viola e Velha Guarda da Portela.
- Vi o Radiohead subir ao palco pela primeira vez.
- Saí do último espetáculo da Pina Bausch no Brasil.
- Ganhei um abraço do Paulo Autran, depois de uma entrevista para qual morria de medo de fazer.
- No cinema, aos três anos de idade e com minha avó Celinha, na sessão de "Monica e Cebolinha - No Mundo de Romeu e Julieta".
Lista de bate-pronto com os clássicos cinco momentos. Evidentemente, outros tão importantes existiram. Existirão.
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