Javier

Uma pequena livraria, chica, numa praça da avenida de julho 18 de julho.
Ele abriu a porta, desejou boa tarde e não perguntou se eu queria algo especial.
Um exemplar de "Alice" me chamou a atenção tanto pela edição luxuosa quanto por ser traduzida como "Alícia".
Identifiquei um filme na prateleira de DVDs e começamos mesmo a falar sobre cinema. Foi quando passou a me dar dicas.
Levei o CD que estava tocando também, Jorge Drexler.
Perguntei seu nome, paguei e me despedi.
Poucos minutos depois, já na extremidade da praça, ouvi a voz dele.
Ofegante, ele correu para me devolver um cartão de papelão cheio de carimbos. Ao décimo, eu assistiria um filme de graça no Brasil.
Sabíamos que era importante.

Comentários

Postagens mais visitadas