Arrumação
Lavar as mantas e edredons. Guardá-los. Parece simples, não para mim. Pensar na ausência de noites frias me dá uma certa melancolia. Vem a primavera, o horário de verão, o verão, o calor e a chuva. O frio ficou quase nada. E desde o último dia quente há coisas não resolvidas. Papéis, sempre eles. Livros espalhados, outros não lidos. As gravuras à espera de moldura, o sofá pedindo reparo, a consulta médica que eu não agendei.
Pode pedir tempo? Pode pedir altas?
Estranho que ouvi outro dia esse pedido de altas, e concedi. Eu beijava um cara no cantinho de um inferninho, mas ele achou por demais intenso, o que para mim não era nada demais. Pediu o telefone, mandou mensagem de madrugada, de manhã, disse que estava apaixonado, que queria me levar ao cinema. Evidentemente, me assustei porque nossas urgências eram bem distintas. Visualizei o facão, a cena de "Psicose". No entanto, nem tive tempo de cultivar essa neurose, pois ele sumiu na mesma rapidez que apareceu. Não me importei. Um beijo é só um beijo...as times goes by.
Na vida que segue, enfim, depois de mais de um mês coloquei as músicas no iPod. Eu as perdi em agosto, andei por aí sem trilhas. Ouvia o funk dos carros tunados que subiam a Serra, as conversas das pessoas no celular, a seleção da rádio que o taxista escolheu. Imaginei que seria mais sofrido, pois para mim tudo é melhor quando estou com fones de ouvido.
Pintei o cabelo, manchei o tapete do banheiro de vermelho, encontrei cds perdidos, tomei meu café com açúcar em mais essa dança sem par.
Semana que vem eu como menos carboidratos, vou mais ao cinema, faço a unha no salão, arrumo uma diarista e ligo para a agência de viagem.
Estou amarrando esses lacinhos-lembretes invisíveis nos dedos, sempre nessa eterna arrumação.
Pode pedir tempo? Pode pedir altas?
Estranho que ouvi outro dia esse pedido de altas, e concedi. Eu beijava um cara no cantinho de um inferninho, mas ele achou por demais intenso, o que para mim não era nada demais. Pediu o telefone, mandou mensagem de madrugada, de manhã, disse que estava apaixonado, que queria me levar ao cinema. Evidentemente, me assustei porque nossas urgências eram bem distintas. Visualizei o facão, a cena de "Psicose". No entanto, nem tive tempo de cultivar essa neurose, pois ele sumiu na mesma rapidez que apareceu. Não me importei. Um beijo é só um beijo...as times goes by.
Na vida que segue, enfim, depois de mais de um mês coloquei as músicas no iPod. Eu as perdi em agosto, andei por aí sem trilhas. Ouvia o funk dos carros tunados que subiam a Serra, as conversas das pessoas no celular, a seleção da rádio que o taxista escolheu. Imaginei que seria mais sofrido, pois para mim tudo é melhor quando estou com fones de ouvido.
Pintei o cabelo, manchei o tapete do banheiro de vermelho, encontrei cds perdidos, tomei meu café com açúcar em mais essa dança sem par.
Semana que vem eu como menos carboidratos, vou mais ao cinema, faço a unha no salão, arrumo uma diarista e ligo para a agência de viagem.
Estou amarrando esses lacinhos-lembretes invisíveis nos dedos, sempre nessa eterna arrumação.
Um beijo pode ser mais que um beijo. Pode ser quase-perfeito, já que o perfeito, sempre estará por vir.
ResponderExcluirO capeta certo estava no inferninho errado...
Meu caro, com certeza pode. Mas há tempos não espero que o beijo seja mais que isso, nem tangencie o quase. Então, vivo o momento, ainda que o outro acelere, desacelere e desapareça. O Inferninho, no caso, era certíssimo. O capeta que não tinha lá seu tridente :)
ResponderExcluirOnde está vc Ludj?
ResponderExcluirComo posso navegar pela internet sem parar de vez em quando no oásis do seu blog e refrescar minha alma?
Sinto sua falta. Vê se não some.
Um beijo e um abraço forte.
Pode deixar....é só um pouco de falta de inspiração. Eu volto em breve. Beijo
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