O ano em que meus posts saíram de férias
Olhando as atualizações ao lado, constato que nunca escrevi tão pouco no meu blog. Alguns motivos têm a ver com essa escassez: mais transpiração do que inspiração, a passagem do tempo que me fez compreender que nem sempre a gente pode escrever/dizer o que bem entende - ainda que o espaço seja virtualmente "meu" - e que as coisas que me moviam e emocionavam não possuem o mesmo colorido...Nem atribuo a ausência ao facebook ou twitter. Poucos caracteres me ajudam no poder de síntese que busco (em vão porque quando quero gastar o português, quase nada ou ninguém consegue impedir).
Eu me exponho - para quem nem sequer vi na vida - desde os 25 anos, quando criei meu primeiro blog. Muita gente que por este endereço passa acha que me conhece bem. Até eu mesma, relendo antigas divagações aqui rabiscadas, chego a achar, por alguns momentos, que me conheço bem. Preciso voltar à terapia para tentar entender o que não consigo publicar ou mesmo digerir. Não me lembro por que razão me dei alta ou por que parei de pintar, por exemplo. Temo, um dia, parar de escrever porque as tantas coisas que já quis expressar deixam de ser revelantes de um dia para o outro.
Num passado distante experimentei a sensaçao de ter uma ex-amiga, a única até o momento. Senti mágoa e raiva. Hoje não sinto nada. E se tivesse que recriar a história, ela teria menos nuances, pois precisei aprender a dar a devida importância ao que aconteceu. Recentemente, um amigo próximo fez a linha "casou, mudou e não convidou". O contexto da coisa me deixou meio passada (na ocasião) e, confesso, do alto dos 23 dias de setembro de 2009, não faz mais diferença alguma. Saí de tantos "mailings" nos últimos dois anos. Cumprimentos acalorados de gente por quem eu tinha um certo apreço viraram uma saudação mais formal. Afinal, não tenho um espaço na TV ou no jornal para oferecer. Não sou ninguém na noite. Ainda bem.
O que isso tudo tem a ver com eu não escrever com a desejada ou devida regularidade? Muita coisa. No meu mundo de malboro, quem sabe seja um exercício de compaixão? Com os outros e comigo. Sempre acreditei que férias são oportunas e revigorantes.
Eu me exponho - para quem nem sequer vi na vida - desde os 25 anos, quando criei meu primeiro blog. Muita gente que por este endereço passa acha que me conhece bem. Até eu mesma, relendo antigas divagações aqui rabiscadas, chego a achar, por alguns momentos, que me conheço bem. Preciso voltar à terapia para tentar entender o que não consigo publicar ou mesmo digerir. Não me lembro por que razão me dei alta ou por que parei de pintar, por exemplo. Temo, um dia, parar de escrever porque as tantas coisas que já quis expressar deixam de ser revelantes de um dia para o outro.
Num passado distante experimentei a sensaçao de ter uma ex-amiga, a única até o momento. Senti mágoa e raiva. Hoje não sinto nada. E se tivesse que recriar a história, ela teria menos nuances, pois precisei aprender a dar a devida importância ao que aconteceu. Recentemente, um amigo próximo fez a linha "casou, mudou e não convidou". O contexto da coisa me deixou meio passada (na ocasião) e, confesso, do alto dos 23 dias de setembro de 2009, não faz mais diferença alguma. Saí de tantos "mailings" nos últimos dois anos. Cumprimentos acalorados de gente por quem eu tinha um certo apreço viraram uma saudação mais formal. Afinal, não tenho um espaço na TV ou no jornal para oferecer. Não sou ninguém na noite. Ainda bem.
O que isso tudo tem a ver com eu não escrever com a desejada ou devida regularidade? Muita coisa. No meu mundo de malboro, quem sabe seja um exercício de compaixão? Com os outros e comigo. Sempre acreditei que férias são oportunas e revigorantes.
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