Igual a Tudo na Vida

O papel de parede rosa com textura antiga finalmente saiu do quarto de bagunça. Foi aplicado na tarde de domingo. O quadro, que não tinha lugar, está agora num espaço nobre. E assim, ajeitando as pequenas coisas, a gente vai se ajeitando. Uma sessão de cinema solitária: singelo presente para quem se basta com o escurinho do cinema. E nele, deveria valer a máxima parafraseada para a ocasião: "onde os chatos não têm voz". Aprender uma nova regra da língua portuguesa e esquecê-la na prática. O e-mail já foi enviado, concedendo um agudo acento à ideia de se aprender espanhol. Enquanto se corre na esteira pela manhã, o pensamento voa. As noites em claro dançando freneticamente em inferninhos com uma long neck nas mãos ficaram a léguas submarinas de distância da realidade. Imersa numa juventude por enquanto companheira, lembro-me com carinho da amiga-irmã que passa por maus momentos num quarto de hospital. Quisera poder fazer mais. Por ela, por mim. Se for possível ser feliz e triste, esse é o momento.

Comentários

  1. Anônimo9:26 PM

    como é bom te ler

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  2. ainda torcendo por ela...
    adoro pequenas arrumações, no quarto, na vida.
    bjos. saudades.
    a intenção do cinema pós-carnaval ainda tá de pé.

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