Da leitura para acompanhar o café
Como o prazer de ler um bom livro está sendo furtado da minha rotina por causa das várias horas extras com trabalhos e frilas, tenho que me contentar com a escrita menor: o jornalismo. Enquanto lia a Folha tecia comentários, que irritam meu marido de alguma maneira (ele acha que me exalto demais ao falar da profissão que escolhi, mas esse nem foi o caso). Primeiro sobre a notícia de falecimento do sujeito que escreveu "100 Coisas para se Fazer Antes de Morrer". Foi uma morte boba a dele, aos 47 anos: caiu de cabeça em casa. "E eu aposto que não fez nem 50 coisas que ele listou", disse. Não demorei a ouvir um "você é muito má mesmo".
Em seguida, li a matéria sobre a modificação que o Fernando Meirelles fez em "Ensaio sobre a Cegueira", retirando o off do Dani Glover, supostamente porque a crítica em Cannes não gostou. Se for por isso, será que dá para avisar a ele que André Bazin está morto? Honestamente, é dar muito crédito para quem não merece. Tenho grandes amigos que fazem crítica de cinema e eu mesma já fiz. Respeito a opinião de todos, tiro meu chapéu para pouquíssimos. Entretanto nem assim eu como artista, hipoteticamente falando, mudaria uma obra pronta para agradar quem vive de escrever resenha e não cria nada de novo. Se for especulação da jornalista que escreveu o texto - o que não é difícil - e o Fernando Meirelles quis mudar mesmo porque ele achou excessivo o tal off, valeria a pena esclarecer melhor essa história se (o diretor, que já foi um poço de simpatia na época de lançamento do "Cidade de Deus") realmente achar que o público merece saber o que de fato aconteceu.
Em seguida, li a matéria sobre a modificação que o Fernando Meirelles fez em "Ensaio sobre a Cegueira", retirando o off do Dani Glover, supostamente porque a crítica em Cannes não gostou. Se for por isso, será que dá para avisar a ele que André Bazin está morto? Honestamente, é dar muito crédito para quem não merece. Tenho grandes amigos que fazem crítica de cinema e eu mesma já fiz. Respeito a opinião de todos, tiro meu chapéu para pouquíssimos. Entretanto nem assim eu como artista, hipoteticamente falando, mudaria uma obra pronta para agradar quem vive de escrever resenha e não cria nada de novo. Se for especulação da jornalista que escreveu o texto - o que não é difícil - e o Fernando Meirelles quis mudar mesmo porque ele achou excessivo o tal off, valeria a pena esclarecer melhor essa história se (o diretor, que já foi um poço de simpatia na época de lançamento do "Cidade de Deus") realmente achar que o público merece saber o que de fato aconteceu.
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