Mensagem para meus amigos
Porque em 2007 desisti de orkut e sms para dizer o que sinto...
Um espirito baixou em mim ou feliz natal
Amigos e amigas queridos:
Ontem quando o Alexandre e eu íamos devolver um DVD, em meio a um temporal, ficamos por alguns minutos observando um cara chorando sentado em meio a um cruzamento movimentado de Belo Horizonte: o da Getúlio Vargas com Cristovão Colombo, na Savassi. Era um rapaz de mais ou menos 20 anos e, nem de longe, parecia um mendigo. Um carro grande parou e um senhor saiu e começou a conversar com ele. Pela primeira vez, os que estavam atrás não iniciaram o irritante buzinaço.
O sinal abriu e segui pensando naquela cena. O Alê resmungou algo como: "o que é o espírito de natal! Em tempos normais, ninguém pararia para ajudar". Talvez ele não estivesse completamente errado, porém sua constatação me incomodou: será que somos todos hipócritas a ponto de dedicar uma única data no ano para sermos mais humanos? Eu me recuso a ver as coisas dessa maneira.
Discutimos o assunto de modo pouco amigável. Depois ficamos em silêncio, cada qual com sua convicção. Na volta, não havia nenhuma pista do rapaz ou do velho. Chegamos em casa e eu fui para o quarto tentar ler. Ao invés disso, fiquei recordando gestos de algumas pessoas que tornaram-se meus amigos leais e imprescindíveis. Acho que tudo partiu mesmo da solidariedade. Lembrei-me do Luiz, que me abrigou por quatro meses em sua casa como se eu fosse da família, da Lili, que me proibiu de ficar isolada com meus pensamentos tristes durante uma crise, da Mari, que num dia em que tudo deu errado na minha vida doméstica, esperou pacientemente para me dar carona até o jornal num sábado de plantão.
Cada um de vocês, que me vinha à mente na madrugada da véspera de natal, trazia consigo a ação necessária para, se não para mudar o mundo, mudar para sempre a vida de alguém. Foi então que o tal espírito de natal baixou em mim. E como em todos os anos, senti a presença da minha adorada vovó Celinha dizendo que o mais importante no dia de hoje é agradecer por tudo que eu tenho. Eu tenho os melhores e mais generosos amigos do mundo. Muito obrigada a vocês, que me fazem crer na delicadeza, no afeto, no respeito e nas boas coisas da vida. Um brinde, como se estivéssemos todos na mesma mesa nos divertindo, como sempre nos divertimos.
Adoro vocês! Feliz Natal!
Beijos,
Ludmila
Um espirito baixou em mim ou feliz natal
Amigos e amigas queridos:
Ontem quando o Alexandre e eu íamos devolver um DVD, em meio a um temporal, ficamos por alguns minutos observando um cara chorando sentado em meio a um cruzamento movimentado de Belo Horizonte: o da Getúlio Vargas com Cristovão Colombo, na Savassi. Era um rapaz de mais ou menos 20 anos e, nem de longe, parecia um mendigo. Um carro grande parou e um senhor saiu e começou a conversar com ele. Pela primeira vez, os que estavam atrás não iniciaram o irritante buzinaço.
O sinal abriu e segui pensando naquela cena. O Alê resmungou algo como: "o que é o espírito de natal! Em tempos normais, ninguém pararia para ajudar". Talvez ele não estivesse completamente errado, porém sua constatação me incomodou: será que somos todos hipócritas a ponto de dedicar uma única data no ano para sermos mais humanos? Eu me recuso a ver as coisas dessa maneira.
Discutimos o assunto de modo pouco amigável. Depois ficamos em silêncio, cada qual com sua convicção. Na volta, não havia nenhuma pista do rapaz ou do velho. Chegamos em casa e eu fui para o quarto tentar ler. Ao invés disso, fiquei recordando gestos de algumas pessoas que tornaram-se meus amigos leais e imprescindíveis. Acho que tudo partiu mesmo da solidariedade. Lembrei-me do Luiz, que me abrigou por quatro meses em sua casa como se eu fosse da família, da Lili, que me proibiu de ficar isolada com meus pensamentos tristes durante uma crise, da Mari, que num dia em que tudo deu errado na minha vida doméstica, esperou pacientemente para me dar carona até o jornal num sábado de plantão.
Cada um de vocês, que me vinha à mente na madrugada da véspera de natal, trazia consigo a ação necessária para, se não para mudar o mundo, mudar para sempre a vida de alguém. Foi então que o tal espírito de natal baixou em mim. E como em todos os anos, senti a presença da minha adorada vovó Celinha dizendo que o mais importante no dia de hoje é agradecer por tudo que eu tenho. Eu tenho os melhores e mais generosos amigos do mundo. Muito obrigada a vocês, que me fazem crer na delicadeza, no afeto, no respeito e nas boas coisas da vida. Um brinde, como se estivéssemos todos na mesma mesa nos divertindo, como sempre nos divertimos.
Adoro vocês! Feliz Natal!
Beijos,
Ludmila
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