Campanha para o resto de 2006: vai de retro zica!
Um basta ao desgaste emocional por conta de gente do mal, como a síndica e os vizinhos do meu prédio, para quem tive que escrever uma carta-resposta por conta de uma multa absurda pelo simples fato de ter recebido amigos no apartamento onde moro na última quarta. Por lá é proibido usar sapato depois das 22h porque o regime interno nazista e a mentalidade de alguns só servem para que outros não se sintam de fato em casa. Se alguém vir a placa de "aluga-se" ou "vende-se" na Rua Heitor Penteado, em São Paulo, fuja enquanto é tempo! A carta ofensiva dela, eu não tenho como publicar aqui. Como meu direito de resposta pode de nada valer, eu o exerço no espaço que é meu.
Cara Senhora:
Conforme orientação da minha advogada e o artigo 70 do Capítulo XI do Condomínio, venho por meio desta, defender-me das acusações escritas em correspondência, entregue no dia 22 de junho, quinta-feira, redigida pela senhora e pedir a anulação da multa aplicada.
Primeiramente, gostaria de esclarecer que eu recebia, no apartamento em que resido, na última quarta-feira, dia 21 de junho, um grupo de poucos amigos entre os quais há uma psicóloga, um empresário, um designer, três jornalistas, incluindo o editor do jornal em que trabalho e que, portanto, também são chefes de família, pessoas íntegras, de caráter idôneo que seriam incapazes de prejudicar o bem estar de meus vizinhos.Da maneira que a Sra. expressou-se por escrito, deu a impressão que não eu havia convidado pessoas diferentes das que estavam no local. Não era o caso de “cada um fazer o que quer”. Senti-me extremamente ofendida e vítima de preconceito com tal insinuação.
Informo que antes mesmo das 22h, desliguei o CD Player e pedi que meus convidados falassem mais baixo. Não fechamos a janela para “abafar” a conversa, porque na sala de estar do apartamento estavam fumantes e não fumantes. Por volta das 23h, o zelador do condomínio de fato tocou no meu apartamento. Reforcei o pedido entre os meus amigos para evitar problemas e por entender que o descanso dos outros deve ser respeitado, ainda mais porque a maioria dos reunidos ali, trabalha em escala de plantões no final de semana e segue horários rígidos em suas empresas. Menos de cinco minutos depois (e não quinze como no documento que a senhora me enviou), ele novamente interfonou. Como achei o tom desagradável e ameaçador (referindo-se a advertências e penalidades que eu desconhecia), interrompi a conversa para evitar falta de decoro da minha parte com um funcionário do condomínio. Certa de que errei, na manhã seguinte fui pedir-lhe minhas sinceras desculpas, tendo como testemunha o porteiro da manhã. Isso parte da educação que eu tive em casa e não por temer a qualquer ameaça de multa. Acredito que todos: do síndico ao faxineiro, passando pelos vizinhos devam ser respeitados.
Esclareço, ainda, que quando o Sr. Joaquim dirigiu-se ao apartamento em que resido, juntamente com o jornalista Rodrigo Guedes Mascarenhas, ausente na ocasião, atendi à porta assim que ouvi que ele estava batendo nela. A campainha não está funcionando. Fato que, imagino ser desconhecido pela senhora síndica, que insinuou que o toque teria sido ignorado.
Reitero que eu não estava promovendo nenhuma festa ou reunião com muitas pessoas, dança e música alta. Sou uma pessoa tão trabalhadora e familiar (embora não seja casada e com filhos) quanto as que moram no prédio e com as quais convivo, nunca tendo sequer qualquer tipo de problemas em residências anteriores. Posso, inclusive, passar referências de síndicos em São Paulo, onde moro há menos de um ano e em Belo Horizonte, onde morei por 29 anos.
Sinceramente, o barulho que vem da Rua Heitor Penteado é tão incômodo que jamais superaria uma conversa entre amigos. Se devo ou não recebê-los , como algo que foi apontado pela senhora como “ não sendo possível que cada um faça o que quer”, devo esclarecer que recuso-me a aceitar tal imposição e privar-me do convívio social.
Assustada com a reação, aviso que não pretendo realizar sequer a comemoração do meu aniversário ou data importante num ambiente marcado pela hostilidade, pois corretor de imóveis, antes mesmo da assinatura do contrato de locação, alertou-me sobre reclamações constantes da vizinhança aos moradores antigos. O que imagino, alimenta uma predisposição à intolerância. Logo, acredito que a avaliação da senhora intermediada pela conversa com o Sr. Joaquim (antes que eu me reportasse a ele, já que no momento de nossa conversa pela manhã, ele havia dido que comunicara os fatos à senhora, provavelmente como todo ser humano passível de erros e acertos, com os ânimos acirrados) e as reclamações dos condôminos foram injustas.
Se a polícia tivesse sido acionada, seria desconfortável, porém, ao menos eu teria um julgamento justo e isento de qualquer tipo de preconceito, do qual estou me sentindo vítima. Sendo assim, considero a multa aplicada abusiva, sem sentido e não concordo em pagá-la. Ainda mais diante da utilização de ameaças por escrito, considerando a possibilidade de dobrá-la. Considero isso um abuso de poder. Logo, peço, mais uma vez, a gentileza de anulação da multa. Caso contrário, como transformei-me numa ré condenada por um julgamento sem defesa, informo que recorrerei à Justiça de fato.
Atenciosamente,
Ludmila Azevedo
Enterrando o assunto mais desagradável dos últimos tempos, eu escolho o Funeral mais bacana que há, o disco do Arcade Fire. Ofereço o vídeo maravilhoso abaixo a todos amigos do coração, que eu terei o maior prazer de receber como visita. Sem penalidade ou repressão.
Um basta ao desgaste emocional por conta de gente do mal, como a síndica e os vizinhos do meu prédio, para quem tive que escrever uma carta-resposta por conta de uma multa absurda pelo simples fato de ter recebido amigos no apartamento onde moro na última quarta. Por lá é proibido usar sapato depois das 22h porque o regime interno nazista e a mentalidade de alguns só servem para que outros não se sintam de fato em casa. Se alguém vir a placa de "aluga-se" ou "vende-se" na Rua Heitor Penteado, em São Paulo, fuja enquanto é tempo! A carta ofensiva dela, eu não tenho como publicar aqui. Como meu direito de resposta pode de nada valer, eu o exerço no espaço que é meu.
Cara Senhora:
Conforme orientação da minha advogada e o artigo 70 do Capítulo XI do Condomínio, venho por meio desta, defender-me das acusações escritas em correspondência, entregue no dia 22 de junho, quinta-feira, redigida pela senhora e pedir a anulação da multa aplicada.
Primeiramente, gostaria de esclarecer que eu recebia, no apartamento em que resido, na última quarta-feira, dia 21 de junho, um grupo de poucos amigos entre os quais há uma psicóloga, um empresário, um designer, três jornalistas, incluindo o editor do jornal em que trabalho e que, portanto, também são chefes de família, pessoas íntegras, de caráter idôneo que seriam incapazes de prejudicar o bem estar de meus vizinhos.Da maneira que a Sra. expressou-se por escrito, deu a impressão que não eu havia convidado pessoas diferentes das que estavam no local. Não era o caso de “cada um fazer o que quer”. Senti-me extremamente ofendida e vítima de preconceito com tal insinuação.
Informo que antes mesmo das 22h, desliguei o CD Player e pedi que meus convidados falassem mais baixo. Não fechamos a janela para “abafar” a conversa, porque na sala de estar do apartamento estavam fumantes e não fumantes. Por volta das 23h, o zelador do condomínio de fato tocou no meu apartamento. Reforcei o pedido entre os meus amigos para evitar problemas e por entender que o descanso dos outros deve ser respeitado, ainda mais porque a maioria dos reunidos ali, trabalha em escala de plantões no final de semana e segue horários rígidos em suas empresas. Menos de cinco minutos depois (e não quinze como no documento que a senhora me enviou), ele novamente interfonou. Como achei o tom desagradável e ameaçador (referindo-se a advertências e penalidades que eu desconhecia), interrompi a conversa para evitar falta de decoro da minha parte com um funcionário do condomínio. Certa de que errei, na manhã seguinte fui pedir-lhe minhas sinceras desculpas, tendo como testemunha o porteiro da manhã. Isso parte da educação que eu tive em casa e não por temer a qualquer ameaça de multa. Acredito que todos: do síndico ao faxineiro, passando pelos vizinhos devam ser respeitados.
Esclareço, ainda, que quando o Sr. Joaquim dirigiu-se ao apartamento em que resido, juntamente com o jornalista Rodrigo Guedes Mascarenhas, ausente na ocasião, atendi à porta assim que ouvi que ele estava batendo nela. A campainha não está funcionando. Fato que, imagino ser desconhecido pela senhora síndica, que insinuou que o toque teria sido ignorado.
Reitero que eu não estava promovendo nenhuma festa ou reunião com muitas pessoas, dança e música alta. Sou uma pessoa tão trabalhadora e familiar (embora não seja casada e com filhos) quanto as que moram no prédio e com as quais convivo, nunca tendo sequer qualquer tipo de problemas em residências anteriores. Posso, inclusive, passar referências de síndicos em São Paulo, onde moro há menos de um ano e em Belo Horizonte, onde morei por 29 anos.
Sinceramente, o barulho que vem da Rua Heitor Penteado é tão incômodo que jamais superaria uma conversa entre amigos. Se devo ou não recebê-los , como algo que foi apontado pela senhora como “ não sendo possível que cada um faça o que quer”, devo esclarecer que recuso-me a aceitar tal imposição e privar-me do convívio social.
Assustada com a reação, aviso que não pretendo realizar sequer a comemoração do meu aniversário ou data importante num ambiente marcado pela hostilidade, pois corretor de imóveis, antes mesmo da assinatura do contrato de locação, alertou-me sobre reclamações constantes da vizinhança aos moradores antigos. O que imagino, alimenta uma predisposição à intolerância. Logo, acredito que a avaliação da senhora intermediada pela conversa com o Sr. Joaquim (antes que eu me reportasse a ele, já que no momento de nossa conversa pela manhã, ele havia dido que comunicara os fatos à senhora, provavelmente como todo ser humano passível de erros e acertos, com os ânimos acirrados) e as reclamações dos condôminos foram injustas.
Se a polícia tivesse sido acionada, seria desconfortável, porém, ao menos eu teria um julgamento justo e isento de qualquer tipo de preconceito, do qual estou me sentindo vítima. Sendo assim, considero a multa aplicada abusiva, sem sentido e não concordo em pagá-la. Ainda mais diante da utilização de ameaças por escrito, considerando a possibilidade de dobrá-la. Considero isso um abuso de poder. Logo, peço, mais uma vez, a gentileza de anulação da multa. Caso contrário, como transformei-me numa ré condenada por um julgamento sem defesa, informo que recorrerei à Justiça de fato.
Atenciosamente,
Ludmila Azevedo
Enterrando o assunto mais desagradável dos últimos tempos, eu escolho o Funeral mais bacana que há, o disco do Arcade Fire. Ofereço o vídeo maravilhoso abaixo a todos amigos do coração, que eu terei o maior prazer de receber como visita. Sem penalidade ou repressão.
Senão eu passo a lambina no pescoço.
ResponderExcluirNossa... que bando de malas sem alça você foi ser vizinha! Mas muito boa a resposta. Espero que a multa seja anulada em prol da humanidade "do bem".
ResponderExcluirBeijo!
Senão, eu me mudo. beijos
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