Que tipo de mãe eu seria?

Tenho poucas amigas com filhos. Uma proporção meio Sex and the City, quando era apenas seriado, para dizer a verdade. E sempre que alguma diz que está grávida, evidentemente, fico muito feliz.

E com muitas dúvidas.

Como será que ela reagirá à barriga crescendo? Vai ser daquelas que enjoam com tudo? Vai só falar do filho 24h por dia? Vai me excluir do mailing porque enquanto eu falo de baladas, carinhas interessantes e afins ela opina sobre mamadeiras e a obrigatoriedade do bebê conforto?

Uma amiga que está longe acaba de me contar que vai ser mãe. Quer dizer, ela mandou uma mensagem no bate-papo com o link do blog que ela criou para contar a novidade de cada dia.

Ela será o tipo de mãe divertida, que as outras crianças vão querer adotar. No post "existe gravidez à prova de breguiçe?", imaginei a Lola cogitando decorar o quarto do bebê com a temática literatura russa, com o cantinho "Crime e Castigo"...

Mulheres, em geral, se derretem com a maternidade. Alguns poucos homens também. Eu ainda não senti aquela vontade de ter um filho. Não imagino como vai ser a cor dos olhos, se os cabelos terão cachinhos. Mas algo dentro de mim sabe que se um dia eu for mãe, vou amargar com o geniozinho difícil do meu herdeiro.

Acho a genética implacável.

Às vezes me pergunto que tipo de mãe seria. Brava? Superprotetora? Carinhosa? Exigente? Dramática? Não sei e não tenho a menor pista. Desconfio que vai depender do tipo de pai que terei ao meu lado para compartilhar a experiência.

Hoje eu vejo mais claramente que um bebê, uma criança, um adolescente e até um adulto precisa dos dois, ainda que não estejam juntos.

Sempre que minhas amigas disseram que estavam grávidas, o complemento era que os pais estavam nas nuvens, filmando tudo desde agora, criando um blog, um perfil no twitter, comprando roupinhas de time de futebol e até fazendo cursos.

Isso me deixa duplamente feliz, me dá um pouquinho de esperança.

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