Uma semana de cão

Desde que a Noir - empresa da minha mãe - pegou um evento para divulgar, ninguém na minha casa está dormindo e comendo direito. São quase duas semanas. Eu e Uiara nos dispusemos a trabalhar e ela contratou pessoas super do bem para complementar. Um festival de abrangência nacional, totalmente inédito e muito bem bolado. Seria ótimo, apesar de pauleira. Pois ela aceitou o desafio e, como acima de uma pessoa do bem, ela é excelente profissional, meio caminho estaria percorrido.

Só que o caminho é de pedras. Com pedras no meio do caminho. Algumas britas, outras rochas. Estamos em frangalhos, mas não porque não damos conta do recado. Estamos assim porque mesmo sendo a Noir uma assessoria foda não só no âmbito local, rola muita inveja, muita sacanagem. Pode parecer meio óbvio, mas talvez acho que fui ingênua. Não imaginava o cinismo de certas pessoas. Cinismo acompanhado de falta de respeito, ética e elegância, já que estamos tratando de um evento de moda. Contudo, eu acredito nas voltas que o mundo dá. Um exemplo é que há muito tempo trabalhei com um sujeito que inventou a maior mentira sobre mim para uma colega de trabalho, que hoje é uma grande amiga. Ela não caiu. Ele sim. Perdeu seu, digamos, "poder" e um dia precisou de um grande favor da minha mãe. Eu tive a faca e o queijo na mão para me vingar. Ao invés disso, pedi que ela o ajudasse. O cara sempre que me vê fica sem graça. Tem gente que é muito pequena, tão pequena e baixa que a questão vai muito além de relevar. O evento passa, as pessoas de temperamento sórdido ficam com aquele indefectível óleo de peroba no rosto achando que você é o idiota. O tempo, por maior clich~e que isso possa parecer, se encarrega de ensinar...

Estou tão exausta que meu corpo e minha mente estão anestesiados. E só ouço uma musiquinha na cabeça: "o bem vence o mal, espanta o temporal. O azul, amarelo, tudo é muito belo". Era do He-Man ou da She-Ra?

Domingo, finalmente, acaba.

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