Despedida

2018 foi um ano péssimo para o Brasil.
Tão péssimo que, se a frase que inicia esse post fosse embalada numa garrafa e lançado ao mar, anos depois, quem encontrasse a garrafa saberia o porquê.

2018 foi um ano importante para mim.
Ele não coube nos resumos dos algoritmos das redes sociais.
As maiores curtidas do Instagram foram sobre as minhas memórias.
As minhas memórias dizem muito sobre mim, sobre meu ascendente em Câncer.
No entanto, não publiquei o "best nine" porque meu tempo é o agora.
O Facebook "excluiu" pessoas que foram fundamentais.
Foram elas que me deram a mão e não soltaram.
São com elas que quero seguir.
Mas os "likes" operam de formas subjetivas.
Meu ano foi mais do que registros, que também deixaram de ser frequentes.
Por aqui, então, nem preciso listar.
São 14 anos mantendo este blog, que respira nem sei como...

Em 2018 eu fiz oficinas de escrita literária, eu trabalhei como nunca, eu conheci mulheres de luta fantásticas, eu voltei para a televisão, eu pratiquei muita yoga, eu fiz questão de estar com amigos e minha pequena família, eu reencontrei amigos, eu me reconciliei com quem havia se afastado e eu gostei mais de mim - mesmo com as rugas, com os cabelos brancos (que eu ainda escondo) e com o metabolismo mais lento.

Em 2019 eu vou continuar nessa toada. Talvez ela seja uma micro-revolução: trabalhar, lutar, ter coragem, cultivar a saúde e me cercar de afetos. Se eu conseguir, tirarei férias.



Para o Brasil: que sigamos atentos e fortes. Teremos tempos horríveis pela frente. Mas a gente cresce e se fortalece também quando não há luz.








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