Amizade

Há muito venho pensando nos encontros que ganham profundidade e levam seu nome.
O que é a profundidade se não transcender os mesmos gostos por filmes, livros e discos.
Perceber que diferenças podem ser transformadoras quando sabemos aceita-las, abraça-las.

Semana passada, tive reencontros que me inspiraram a parar os relógios.
Que tempo é esse que nos rouba possibilidades de trocar afetos e ideias?
Que tempo é esse que nos dá a falsa sensação de que estamos presentes?
Nos aniversários.
Nas separações.
Nos nascimentos.
Nas mortes.

Outro dia, um conhecido disse que não usava redes sociais, para que ninguém soubesse quando estava gripado, sem grana, apaixonado ou triste. Ele completou que tinha o privilégio de tomar uma cerveja com a turma toda semana. Não precisavam nem telefonar para este encontro marcado.

Há muito venho pensando como a turma virou um encontro sazonal.
Nos aniversários.
Nos casamentos.
Nos velórios.

Onde estamos armazenando tantas ausências?





Comentários

Postagens mais visitadas