Nem isto, nem aquilo
Era um dos livros que mais amava quando criança, "Ou Isto, Ou Aquilo". Cecília Meirelles escrevia que toda menina queria ser bailarina. Eu era como as da poesia, mas não virei. Ela também fez uma declaração de amor ao último andar. Cheguei ao penúltimo. Dá para ver a cidade: os outros prédios com poucas luzes acesas dos apartamentos na madrugada e também a favela, a Serra do Curral. Para ser sincera, preferia uma casinha pequena com quintal.
Penso nos istos e aquilos. Penso na forçada coluna do meio, aquela do "não é bem assim". A vida é melhor nas estrofes de Cecília. A minha apenas é uma vida na medida do possível, com grandes períodos ordinários, intercalados por pequenas alegrias, algumas tristezas e perdas.
Talvez as alegrias e tristezas, istos e aquilos, fossem o combustível desse lugar. Esse lugar está inabitado de novas ideias, de outras palavras, de fotos, de músicas, pois ando mais Alice, a Ruiz, em "socorro não estou sentido nada".
Não tenho vontade de escrever e ando lendo muito pouco. Nem isto, nem aquilo.
Não vejo TV, em compensação tenho visto mais filmes que a média. Ou isto, ou aquilo.
Não estou feliz, nem estou triste. Nem isto, nem aquilo.
Estou com saúde, o que importa. Tenho amor, o que mais importa. Trabalho, o que é bom.
E tem os poréns de ter largado o pilates, de morar longe de quem quero perto e rebolar para pagar as contas.
Não existe quem não os tenha, ainda que as praias lindas, os brindes com os melhores amigos do mundo e os ícones de corações se derramem na internet por meio das redes sociais.
"Dê a um homem tudo o que ele deseja e ele, apesar disso, naquele momento, sentirá que esse tudo não é tudo", Kant.
Não há inspiração alguma nessa altura de fevereiro, quando aqui era para estar, por uma certa tradição do blog, o post inaugural, com alguma esperança para o ano.
Eu sei que esse bonde existe (o da esperança), no entanto parece que ele é controlado, sei lá, pela BH Trans.
Senti alguma necessidade dessa justificativa para os meus poucos leitores, para mim mesma. Quando olhava meus cabelos brancos no espelho pela manhã e lutava internamente contra meus descuidos recentes, pensei neste post. Ou não. É um não post.
Não prometo ser mais frequente por aqui.
O que quer dizer nem isto, nem aquilo.
Penso nos istos e aquilos. Penso na forçada coluna do meio, aquela do "não é bem assim". A vida é melhor nas estrofes de Cecília. A minha apenas é uma vida na medida do possível, com grandes períodos ordinários, intercalados por pequenas alegrias, algumas tristezas e perdas.
Talvez as alegrias e tristezas, istos e aquilos, fossem o combustível desse lugar. Esse lugar está inabitado de novas ideias, de outras palavras, de fotos, de músicas, pois ando mais Alice, a Ruiz, em "socorro não estou sentido nada".
Não tenho vontade de escrever e ando lendo muito pouco. Nem isto, nem aquilo.
Não vejo TV, em compensação tenho visto mais filmes que a média. Ou isto, ou aquilo.
Não estou feliz, nem estou triste. Nem isto, nem aquilo.
Estou com saúde, o que importa. Tenho amor, o que mais importa. Trabalho, o que é bom.
E tem os poréns de ter largado o pilates, de morar longe de quem quero perto e rebolar para pagar as contas.
Não existe quem não os tenha, ainda que as praias lindas, os brindes com os melhores amigos do mundo e os ícones de corações se derramem na internet por meio das redes sociais.
"Dê a um homem tudo o que ele deseja e ele, apesar disso, naquele momento, sentirá que esse tudo não é tudo", Kant.
Não há inspiração alguma nessa altura de fevereiro, quando aqui era para estar, por uma certa tradição do blog, o post inaugural, com alguma esperança para o ano.
Eu sei que esse bonde existe (o da esperança), no entanto parece que ele é controlado, sei lá, pela BH Trans.
Senti alguma necessidade dessa justificativa para os meus poucos leitores, para mim mesma. Quando olhava meus cabelos brancos no espelho pela manhã e lutava internamente contra meus descuidos recentes, pensei neste post. Ou não. É um não post.
Não prometo ser mais frequente por aqui.
O que quer dizer nem isto, nem aquilo.
"Não prometo ser mais frequente por aqui" já podia ser lido nas entrelinhas dos seus últimos posts...
ResponderExcluirEssa virada de ano foi mesmo diferente... e ainda não chuveu! Acho que esse calor escaldante está banindo nossos pensamentos e atrasando nossas reflexões e promessas para o ano novo...
Entretanto, "a inexorável marcha do tempo" trará as chuvas de março, e o outono será a nova primavera, quando as lindas flores que emanam dos seus textos perfumarão de novo nossas vidas.
Abraço forte.
obrigada, querido Andarilho :)
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