Contentamento
O despertador toca 6h45.
Para quem não gosta, para quem não está acostumado e pensa que o mundo seria um lugar melhor se aceitassem que há quem prefira levantar às 9h, só resta pular da cama em direção ao banheiro.
Torneira ligada, água gelada e alguns segundos para coragem de lavar o rosto...
Acorda! (Penso).
Visto qualquer combinação no escuro enquanto Emerson, quentinho, está dormindo aninhado com os gatos.
Se eu tivesse levantado às 6h30 faria o café, mas eu mesma pego uma banana e corro para o metrô.
Terça-feira, vagões lotados, fones de ouvido que ainda permitem ouvir os vendedores de aparelhos eletrônicos.
Os raios de sol invadem a janela. De Santana até a Armênia. Depois vem o túnel.
Chego pontualmente, converso com uma senhora que reclama de dores na coluna.
Juliana sorri ao me dar bom dia. Entrega a ficha para eu assinar.
Entro na cabine, tiro a meia calça para as agulhas serem fincadas de modo certeiro nas pernas e pés.
Passo meia hora tentando meditar, relaxo.
Acordo melhor.
Acordo, enfim.
"Até sexta", o doutor me lembra.
Passo pelos Budas do corredor.
Escolho um bom lugar na padaria e peço uma média caprichada com pão na chapa.
Faz menos frio agora.
Deixo os 10% que não aparecem na notinha.
Vou trabalhar.
Vou pro Yoga depois do trabalho.
Segue a semana com exposição do Cícero Dias no CCBB antes de um show incrível de Arrigo Barnabé, Claras e Crocodilos, na Casa de Francisca, quarta-feira. Aquele "date" com o marido fora do usual para quebrar a rotina.
Na quinta-feira tenho um encontro com a inspiradora Monja Coen. O coração se enche de paz e alegria.
E quando vem sexta-feira, a hora-extra é assistir à peça Nu de Botas, no Sesc Belenzinho. Volto para casa pensando na sorte de trabalhar assim. Há quem sinta a maior adrenalina numa super cobertura da editoria de cidades. Respeito. Meu desejo nunca foi aquele, embora saiba fazer (como quase tudo e em constante aprendizado no jornalismo).
Sábado.
O despertador não toca.
São 10 horas da manhã. Gatos e Emerson ainda dormem.
Fico mais uns minutos na cama.
Ele acorda e me beija. Vamos juntos preparar o café.
Faço feira, compro frutas, verduras e plantinhas para enfeitar a casa.
Ele pinta nossas janelinhas de azul.
Tomamos vinho, almoçamos, ouvimos música.
Seguimos para o Sesc Pompeia para ver o maravilhoso show do Arnaldo Antunes. Revejo na plateia um amigo que nem imagina o quanto eu o admiro, por sua inteligência e generosidade.
Dançamos e cantamos juntos.
Olho ao redor e todos sorriem.
Saímos de mãos dadas pela noite fria.
No metrô, encosto minha cabeça nos ombros do meu amor.
Cochilo. Sempre cochilo depois de tomar chope e no sacolejar do trem.
Vou dormir leve.
Hoje é dia de fazer massa e de tantas outras coisas que fazemos juntos.
"A vida nem sempre é fácil, minha filha", já dizia minha avó.
Mas há o contentamento.
Para quem não gosta, para quem não está acostumado e pensa que o mundo seria um lugar melhor se aceitassem que há quem prefira levantar às 9h, só resta pular da cama em direção ao banheiro.
Torneira ligada, água gelada e alguns segundos para coragem de lavar o rosto...
Acorda! (Penso).
Visto qualquer combinação no escuro enquanto Emerson, quentinho, está dormindo aninhado com os gatos.
Se eu tivesse levantado às 6h30 faria o café, mas eu mesma pego uma banana e corro para o metrô.
Terça-feira, vagões lotados, fones de ouvido que ainda permitem ouvir os vendedores de aparelhos eletrônicos.
Os raios de sol invadem a janela. De Santana até a Armênia. Depois vem o túnel.
Chego pontualmente, converso com uma senhora que reclama de dores na coluna.
Juliana sorri ao me dar bom dia. Entrega a ficha para eu assinar.
Entro na cabine, tiro a meia calça para as agulhas serem fincadas de modo certeiro nas pernas e pés.
Passo meia hora tentando meditar, relaxo.
Acordo melhor.
Acordo, enfim.
"Até sexta", o doutor me lembra.
Passo pelos Budas do corredor.
Escolho um bom lugar na padaria e peço uma média caprichada com pão na chapa.
Faz menos frio agora.
Deixo os 10% que não aparecem na notinha.
Vou trabalhar.
Vou pro Yoga depois do trabalho.
Segue a semana com exposição do Cícero Dias no CCBB antes de um show incrível de Arrigo Barnabé, Claras e Crocodilos, na Casa de Francisca, quarta-feira. Aquele "date" com o marido fora do usual para quebrar a rotina.
Na quinta-feira tenho um encontro com a inspiradora Monja Coen. O coração se enche de paz e alegria.
E quando vem sexta-feira, a hora-extra é assistir à peça Nu de Botas, no Sesc Belenzinho. Volto para casa pensando na sorte de trabalhar assim. Há quem sinta a maior adrenalina numa super cobertura da editoria de cidades. Respeito. Meu desejo nunca foi aquele, embora saiba fazer (como quase tudo e em constante aprendizado no jornalismo).
Sábado.
O despertador não toca.
São 10 horas da manhã. Gatos e Emerson ainda dormem.
Fico mais uns minutos na cama.
Ele acorda e me beija. Vamos juntos preparar o café.
Faço feira, compro frutas, verduras e plantinhas para enfeitar a casa.
Ele pinta nossas janelinhas de azul.
Tomamos vinho, almoçamos, ouvimos música.
Seguimos para o Sesc Pompeia para ver o maravilhoso show do Arnaldo Antunes. Revejo na plateia um amigo que nem imagina o quanto eu o admiro, por sua inteligência e generosidade.
Dançamos e cantamos juntos.
Olho ao redor e todos sorriem.
Saímos de mãos dadas pela noite fria.
No metrô, encosto minha cabeça nos ombros do meu amor.
Cochilo. Sempre cochilo depois de tomar chope e no sacolejar do trem.
Vou dormir leve.
Hoje é dia de fazer massa e de tantas outras coisas que fazemos juntos.
"A vida nem sempre é fácil, minha filha", já dizia minha avó.
Mas há o contentamento.
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